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Projeto da UFSC Joinville é selecionado na Chamada Pública “Meninas das Ciências” do CNPq

03/12/2024 10:49

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) foi contemplada com três projetos aprovados pela Chamada Pública “Meninas nas Ciências Exatas, Engenharias e Computação”, do Ministério das Mulheres, em conjunto com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O resultado final foi divulgado no último dia 12 de novembro.

Entre os projetos selecionados, destaca-se o liderado pela professora Tatiana Renata Garcia, do Departamento de Engenharias da Mobilidade, no Campus Joinville.  Além do projeto de Joinville, foram aprovadas iniciativas lideradas pelas professoras Daniela Ota Hisayasu Suzuki, do Departamento de Engenharia Elétrica, e Roseline Beatriz Strieder, do Departamento de Física, ambos no campus de Florianópolis.

Os três projetos têm como principal objetivo estimular o ingresso, a formação, a permanência e a ascensão de meninas e mulheres nas carreiras de Ciências Exatas, Engenharias e Computação. O investimento total nos três projetos é de aproximadamente R$ 3 milhões.

“Esperamos combater preconceitos e estereótipos femininos. É preciso incentivar e encorajar meninas desde cedo a atuar nas áreas STEAM [Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática (Science, Technology, Engineering, Arts Mathematics)], mostrando que não existe diferença no potencial educacional técnico científico entre meninos e meninas”, reitera a professora Tatiana Garcia. “Além disso, é importante engajar as alunas de graduação nestas ações, para que elas também sejam estimuladas a combater esses preconceitos”.

Conheça o projeto contemplado:

Meninas na Tecnologia – Conexão Norte, Sul e Nordeste

Desenvolvido pela UFSC, no Campus de Joinville, sob a coordenação da professora Tatiana Renata Garcia, o “Meninas na Tecnologia” foi contemplado com R$ 1.278 milhão e conta com parcerias com a Universidade Federal do Pará (UFPA) e com o Instituto Federal do Piauí (IFPI – Campus São Raimundo Nonato).

O projeto já existe desde 2022, e em 2024 já contou com 205 equipes participantes. A próxima etapa é chegar a outras regiões brasileiras para desenvolver ações que estimulem o interesse, o ingresso, a formação e a permanência de meninas e mulheres nas carreiras de Ciências Exatas, Engenharias e Computação no Brasil.

A proposta do projeto aprovado é, por meio do desenvolvimento de experimentos de ciências, capacitação de professores das escolas atendidas, pela integração entre escola, comunidade e Universidade, buscar combater a evasão que ocorre principalmente nos primeiros anos dos cursos de Ciências Exatas, Engenharias e Computação e despertar o interesse vocacional de estudantes do sexo feminino de escolas públicas, por profissões na área das ciências exatas e para a pesquisa científica e tecnológica.

“Além de falar de tecnologia, vamos discutir temas como violência de gênero, assédios, relações étnico-raciais, saúde sexual e reprodutividade”, acrescenta Tatiana.

“Nos próximos três anos, a proposta é ampliar a capacitação de meninas e professoras(es) em programação e robótica, com atividades de formação online e presenciais”, explica a coordenadora do projeto. “As alunas têm entre 13 e 17 anos, oriundas de escolas que podem ser públicas ou privadas (as escolas inscrevem as alunas). Além das meninas das escolas também é forte a participação de bolsistas mulheres dos cursos de graduação, que produzem conteúdo e gerenciam o projeto”.

Meninas na Tecnologia faz parte de um Programa de Extensão chamado “Espaço de Ciência e Tecnologia (ECT). O projeto ampliado com recursos do CNPq terá início em fevereiro de 2025.

“Os resultados apresentados até o momento (desde 2022) mostram a viabilidade de execução do projeto, que a cada ano alcança um número maior de participantes e reconhecimento da comunidade. A decisão de expandir o projeto Meninas na Tecnologia em 2024 para diversas cidades de SC mostrou que é possível trabalhar apesar da distância física. Além disso, o histórico das equipes das três instituições com projetos de extensão, muitos voltados para o tema em questão, também deu credibilidade à proposta apresentada”, justifica a professora.

 

Notícias UFSC – Mayra Cajueiro Warren | Jornalista da Agecom/UFSC
| Editada por Fernanda  Cogo

 

 

 

Tags: CNPqExtensãoMeninas na Tecnologia
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