Estudante da UFSC Joinville ganha prêmio no ITA por trabalho sobre biodiesel

20/10/2023 11:38

A estudante do curso de Engenharia Ferroviária e Metroviária da UFSC Joinville Júlia de Rezende Mattos foi premiada pelo melhor trabalho apresentado como pôster no Encontro de Física do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), que ocorreu no início do mês, em São José dos Campos. O trabalho Os efeitos da geometria do reator e do uso de cosolventes na síntese de biodiesel por rota catalítica assistida por plasma foi orientado pelos professores Diego Duarte e Rafael Catapan e faz parte do projeto Intensificação do processo de produção de biodiesel a partir de rota catalítica assistida por plasma.

Júlia e outros dois colegas do campus de Joinville representaram a universidade no evento, realizado em uma das instituições mais reconhecidas do país. “Foram dias de muito aprendizado e inspiração. Foi uma honra poder conversar com especialistas da área, discutir nossos projetos e também aprender e trocar experiências com alunos de outras universidades”, comenta a estudante, que é orientada pelos professores Diego e Rafael e também pela pós-doutoranda Maíra Oliveira Palm.

A pesquisa trata do biodiesel, que é comumente produzido por um processo chamado transesterificação, quando o óleo reage com o metanol, gerando o produto e a glicerina. Os reatores de plasma utilizam campos elétricos para acelerar reações, criando mais substâncias ativas e melhorando a eficiência em temperatura ambiente. “Eles estão ganhando atenção na síntese de combustíveis devido à sua capacidade de induzir a emulsão, melhorando o movimento dos reagentes e a transferência de massa”, explica.

No trabalho premiado, a estudante justifica que diversas abordagens são empregadas para lidar com o problema de óleo e metanol não se misturarem bem, incluindo métodos como agitação, ajuste de temperatura e o uso de co-solventes. Por isso, ela investigou o uso de acetona como co-solvente e diferentes designs de reatores de plasma para aprimorar a mistura de reagentes e facilitar a produção de biodiesel.

O estudo destaca um outro aspecto desta nova tecnologia: a possibilidade de utilização de óleos residuais como matéria-prima para biodiesel. O processo que está sendo estudado na UFSC proporciona uma abordagem mais econômica, além de favorecer a eliminação de resíduos que muitas vezes são inadequadamente descartados, causando impactos prejudiciais ao ecossistema local.  “Isto demonstra como a inovação tecnológica não só melhora a indústria e seus processos, mas também pode ter um impacto positivo significativo na sustentabilidade e na saúde dos ecossistemas”, detalha o resumo apresentado nos anais do evento.

Notícias UFSC – Agecom

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